RELESED
| 03
Março 2005
IV Encontro de Comunicação
A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes
(ESTA)
vai organizar, durante os dias 7 a 10 de Março de
2005, o seu
IV Encontro de Comunicação,
subordinado ao tema “Comunicar: como?”
(consulte aqui o programa).
Convidados da área da Comunicação e da política abordarão temas da
actualidade, formulados num tom de provocação: " Media :
Censurados ou Independentes?", " Jornalistas e Assessores :
Relações Ambíguas?", passando pelo " Sensacionalismo : Uma
tendência para o futuro?" e pelo " Humor : Um género sério". A
terminar o Encontro poderemos assistir ao painel " Blogues :
Credibilidade ou Farsa".
Artur Agostinho, Inês Serra Lopes, Manso Preto, Luís Miguel Viana, João
Marcelino, Octávio Ribeiro, Aníbal Cabeça, Alberto Bastos , Nuno Costa
Santos, Rodrigo Santos, Júlio Magalhães, Miguel Gaspar, Duarte Mexia,
Luís Santos, António Colaço, Pinheiro Torres, Rui Batista, Jorge Wemans
e o Juiz Eurico Reis confirmaram já a sua presença, entre outros.
A Semana da Comunicação contará ainda com outras actividades,
nomeadamente “À conversa com…”, “Café com experiências” e “ESTA sem
fronteiras” . Os alunos de Comunicação, principais destinatários deste
IV Encontro poderão ainda participar em Workshops sobre diversas
matérias como webdesign, importância da imagem, comunicação de crise,
técnicas de Televisão e de Rádio e colação de voz. Na continuação do
êxito dos anos anteriores, a ESTA garante que o IV Encontro vai ser mais
uma oportunidade rica de ensinamentos, capaz de sustentar o
reconhecimento ganho nas edições anteriores.
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RELESED
| 07
Março 2005
Princípios de
distanciamento e independência jornalística em foco
“O profissional da comunicação não pode ter
telhados de vidro”. Palavras de Artur Agostinho que podem servir para
resumir o primeiro dia do ’04 Encontro de Comunicação, subordinado ao
tema “Comunicar: Como?”, a decorrer até quinta-feira, dia 10, na Escola
Superior de Tecnologia de Abrantes. Tanto na palestra de abertura como
no painel “Media: Censurados ou Independentes?”, os princípios do
distanciamento e da independência jornalística foram os principais
assuntos.
“A mordaça que hoje existe no jornalismo é
imposta pela classe política, pelo sistema judicial e pelo poder
económico”, desabafou o jornalista Manso Preto no painel “Media:
Censurados ou independentes?”, realizado hoje à tarde. O “acto de
censura” ao qual, na sua opinião, foi sujeito por não ter revelado uma
fonte de informação, leva-o “a não ter motivação para fazer jornalismo”.
Por sua vez, Jorge Lacão, secretário de Estado da Presidência do
Conselho de Ministros, de encontro à exposição de Manso Preto, afirmou
que o actual segredo de justiça “deve ser revisto” e que a não revelação
de uma fonte jornalística não pode ser um camuflado para atingir outras
pessoas. O representante do PS realçou ainda o facto de não haver
independência no serviço público: “Não faz sentido ter-se um serviço
público que permita formar uma opinião pública nacional, se depois temos
um poder político que não garante a independência desse mesmo serviço”.
Já Inês Serra Lopes, directora do jornal “O
Independente”, considera que a liberdade é mais importante que a
independência. Neste contexto, afirmou que conhece mais jornalistas
independentes do que livres. A reiterar esta ideia, o representante do
Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, Francisco de
Vasconcelos, referiu que a conjuntura económica existente – com poucos
grupos económicos e com a necessidade de obter lucro – leva a que não
haja real e estática independência.
Na palestra de abertura do evento, realizada
da parte da manhã, Artur Agostinho falou dos seus 66 anos de carreira, e
da importância dos avanços tecnológicos para o exercício do jornalismo.
“O profissional da comunicação não pode ter telhados de vidro”, afirmou.
Apelando ao distanciamento e transparência
jornalísticas, Artur Agostinho considera que um dos princípios cada vez
mais importantes na conduta de um jornalista “é a observância de um
certo distanciamento em relação àqueles sobre os quais é chamado a dar a
sua opinião, a fazer as suas críticas”.
O jornalista desportivo, apresentador de
televisão, actor e romancista refere ainda que não é possível
estabelecer um paralelismo entre a comunicação social do seu tempo e a
dos dias de hoje. Recorrendo ao exemplo do futebol, Artur Agostinho
explicou: “O Eusébio foi um grande futebolista, no seu tempo. Luís Figo
é um grande futebolista, num tempo que não é o mesmo do Eusébio”. Ou
seja, “se muita coisa mudou, não será viável – e muito menos lógico –
estabelecer comparações”. Foi nesta sequência que o convidado falou da
importância dos avanços tecnológicos para o exercício do jornalismo.
Gabinete de Imprensa Escola Superior de Tecnologia de
Abrantes gabinete_imprensa@iol.pt
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