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“O humor
deve tornar mais leve o que é pesado”. Esta foi a principal
ideia partilhada na palestra subordinada ao tema “Humor: um
género sério?”, uma iniciativa realizada no âmbito do ´04
Encontro de Comunicação da Escola Superior de Tecnologia de
Abrantes.
Fazer crítica social em detrimento de contar anedotas foi uma ideia
defendida por Maria Duarte, dos Novos Parodiantes de Lisboa,
destacando ainda o facto de “que uma boa gargalhada é meio
caminho andado para a saúde”. Vítor Figueira, também dos Novos
Parodiantes de Lisboa, realçou a ideia de que “não se faz humor
como se fazia antigamente”. Hoje, o humor baseia-se no
dia-a-dia, na crítica social e não ao trocadilho fácil.
Rodrigo Santos,
do Grupo Palmilha Dentada, define humor como “saber contar, ter
a noção de ritmo e a noção de comunicar”, salientando que “o
humor é um género sério”. Na sua opinião, “cada vez mais a
tragédia e o drama, se forem bem tratados, dão uma boa comédia”.
“O
limite do humor é o bom gosto”, defende Ricardo Alves, director
do Grupo de Teatro Palmilha Dentada, reforçando a ideia que não
se importa de gozar com a Igreja, mas não com a fé das pessoas.
Nuno Costa Santos, representante das Produções Fictícias, mostrando
o seu humor, afirmou que “é urgente que o Governo passe a ser
cómico, pois disto depende o humor em Portugal”. Realçou ainda o
facto de que “o Governo de Pedro Santana Lopes foi uma fonte
inesgotável para os humoristas”. Para ele, “os humoristas são
fontes dissecáveis e egoístas”.
Por fim,
Vítor Figueira admitiu que “não podemos levar esta vida muito a
sério, porque ninguém sai vivo dela” |