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Desde falar em
público, a comunicar pela Internet, passando pela televisão e
pela imagem perante o público até à resolução de problemas de
uma empresa, o ’04 Encontro de Comunicação não descurou a parte
prática e realizou cinco workshops.
A
manhã do segundo dia do ’04 Encontro de Comunicação Social, a
decorrer desde ontem até ao próximo dia 10 de Março, na Escola
Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), ficou marcado pelo
“transporte de um hipopótamo”.
No
workshop de “Falar em Público”, coordenado pelo professor de
expressão dramática, Alexandre Martins – ou Alex, como prefere
ser chamado – os participantes tinham um objectivo: aprender a
falar em público e ganhar confiança.
Alexandre Martins iniciou a sessão propondo que os
intervenientes conseguissem atingir o que, na sua opinião, são
os “alicerces para falar em público: confiança, concentração e
observação.” Este workshop iniciou-se com exercícios de
descontracção, nos quais os participantes, formados em círculo,
tiveram que passar uma caneta fingindo ser um hipopótamo. O
principal objectivo deste exercício era o de conseguir olhar nos
olhos de cada um sem perder a proximidade e a concentração.
Segundo o professor de expressão dramática, “a confiança é
fundamental”. Deste modo, a fim de quebrar a barreira que,
naturalmente, se cria em relação ao que não se conhece, o
coordenador propôs que se jogasse ao jogo do espelho. Este jogo,
com o intuito de aumentar o grau de confiança e concentração dos
envolvidos, foi na opinião da maioria “difícil, sobretudo por
ter de se encarar uma pessoa que mal se conhece, tendo sempre a
tendência para fugir”.
Por
sua vez, o workshp “Importância da Imagem”, dirigido por Luís
Nunes, docente da ESTA e director da empresa de comunicação NYB,
teve como principal objectivo a imagem perante os públicos
internos e externos de uma empresa. O coordenador referiu ainda
a importância dos códigos corporais e linguísticos como forma de
comunicação. Nesta actividade foi também abordada a dicotomia
entre a imagem pretendida e a percebida por parte dos vários
públicos. Luís Nunes concluiu a sua exposição deixando conselhos
práticos para os futuros profissionais desta área: a imagem
constitui um factor decisivo para a escolha do consumidor.
A
imagem também foi abordada no âmbito da televisão por Rui
Capitão, docente da ESTA e repórter de imagem da RTP, que
coordenou o workshop de técnicas de televisão. Explicando as
diferenças entre uma imagem informativa e lúdica, o repórter
abordou a questão da manipulação: uma imagem informativa deve
ser isenta, com o objectivo de dar uma visão o mais fiel
possível da realidade. Por outro lado, a imagem lúdica, presente
em anúncios publicitários e vídeo-clips, deixa mais liberdade à
manipulação. Rui Capitão falou ainda das suas experiências como
repórter de imagem, deixando conselhos, não só para quem
pretende exercer a profissão, mas também para quem quer tirar
uma boa fotografia ou fazer uma boa filmagem.
Que
comunicação fazer quanto as coisas correm mal dentro de uma
empresa, foi o principal objectivo do workshop “Comunicação de
Crise”, orientado por Paulo Ferreira, docente da ESTA e director
adjunto do Jornal de Negócios. Perante uma situação de crise,
Paulo Ferreira refere que uma empresa deve sempre vir a público
elucidar sobre a problemática, dirigindo a sua comunicação da
forma mais aberta e rápida possível.
A
arquitectura da informação on-line também foi tema de workshop
neste dia. Raquel Botelho, docente da ESTA e jornalista do DN,
explicou os diversos conceitos de jornalismo on-line, bem como
as diferenças entre escrever para os meios impressos e on-line.
Os participantes desta sessão conheceram esta realidade através
de trabalhos práticos. |