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 > 07 Março 2005 | Tarde

ARTUR AGOSTINHO CONTA 66 ANOS DE CARREIRA

 

   Artur Agostinho veio à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes falar dos seus 66 anos de carreira. Contando a “viagem” que fez pelo mundo da comunicação, o orador discursou sobre a importância dos avanços tecnológicos para o exercício do jornalismo, bem como do distanciamento como um importante princípio para, com rigor, fazer passar a informação.

  “O profissional da comunicação não pode ter telhados de vidro”. Foi desta forma que Artur Agostinho, apelando ao princípio do distanciamento e transparência, aconselhou os futuros jornalistas a formar carreira. “Um dos princípios que considero cada vez mais importantes na conduta de um jornalista, seja qual for a área em que se movimente, é a observância de um certo distanciamento em relação àqueles sobre os quais é chamado a dar a sua opinião, a fazer as suas críticas”, afincou.

   Na palestra de abertura do ‘04 Encontro de Comunicação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), o locutor e romancista Artur Agostinho descreveu a sua “viagem” ao longo de 66 anos de carreira, passando pelo jornalismo desportivo, área em que se estreou, e pelo mundo do espectáculo e da televisão.

   Para este jornalista desportivo, não é possível estabelecer um paralelismo entre a comunicação social do seu tempo e a dos dias de hoje. Recorrendo ao exemplo do futebol, Artur Agostinho explicou: “O Eusébio foi um grande futebolista, no seu tempo. Luís Figo é um grande futebolista, num tempo que não é o mesmo do Eusébio”. Ou seja, “se muita coisa mudou não será viável – e muito menos lógico – estabelecer comparações”. Foi nesta sequência que o convidado falou da importância dos avanços tecnológicos para o exercício do jornalismo.

   O aparecimento do computador – em substituição das máquinas de escrever e dos linguados de papel – o uso do telemóvel e a Internet são avanços tecnológicos que permitiram à comunicação social ganhar mais dimensão e eficácia para a transmissão da mensagem.

   O orador finalizou sustentando que não é possível fazer jornalismo sem que se envolva a alma do jornalista: “O jornalista tem que sentir aquilo que faz, com isenção, autenticidade e veracidade”.

Sessão de Abertura

   Sendo o lema do ‘04 Encontro de Comunicação Social “Comunicar: Como?”, Eugénio de Almeida, director da ESTA, na sessão de abertura do evento, reiterou a importância deste como um fórum de debate e discussão, onde futuros profissionais de comunicação têm oportunidade para enriquecer a sua base de formação. Este encontro é, na opinião do director da ESTA, “uma estratégia que tem em vista a disseminação do conhecimento”.

   O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Nelson de Carvalho, realçou a importância da iniciativa como um espaço de resposta a “um universo imenso de questões inerentes ao mundo da comunicação”.

   A sessão de abertura contou ainda com a presença de António Pires da Silva, Vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Hália Costa Santos, representante da Organização do Encontro e Fátima Rodrigues, presidente da Associação de Estudantes da ESTA.

 O distanciamento em relação à fonte é, para Artur Agostinho, um dos princípios da conduta do jornalista

Fotografia : Gabriel Mendes

“O jornalista tem que sentir aquilo que faz, com isenção, autenticidade e veracidade”
 

Marina Guerra | Eunice Pinto

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