Luís Santos é docente da
Universidade do Minho. Faz investigação relacionada com o
jornalismo on-line e é autor de alguns artigos relacionados com
as novas tecnologias. Escreveu, em 2004, um artigo intitulado
“A ‘explosão’ dos Weblogs em Portugal: percepções sobre os
efeitos do jornalismo”. Foi jornalista profissional na BBC
World Service e no Jornal de Notícias. Foi também colaborador na
RTP e correspondente do Diário de Notícias em Londres.
Após a sua participação no 5º
Painel – “Blogues: Credibilidade ou farsa?” – Luís Santos
confessa que “os blogues podem até ser passageiros, mas a ideia
de uma publicação pessoal não é passageira”. No seu entender,
“as pessoas perceberam que podem ter voto e a partir daí não o
largaram”. O professor continua: “Imaginemos que daqui por algum
tempo vai haver um formato onde posso colocar som, imagem,
vídeo, o que quer que seja que a tecnologia me permite fazer. A
essência é a mesma: a de que eu posso colocar as coisas que
prefiro”.
Luís Santos refere ainda que as
pessoas podem ser muitas coisas na Blogoesfera e que
votam em muitas coisas que não tem de ter significado político.
Pode, por exemplo, ter um voto numa música preferida.
Perspectivando o futuro, Luís
Santos admite a possibilidade de as empresas que, neste momento,
alojam blogues em Portugal, como a (weblog.com.pt) de Paulo
Querido e que disponibiliza blogues gratuitamente, passem no
futuro a cobrar dinheiro pelo alojamento do blogue devido
ao aumento da quantidade de dados alojados.
Quando interrogado acerca da
dificuldade da absorção de demasiada informação, o docente cita
o norte-americano, Neil Postman que, em 1996, disse que “nos
estamos a informar de morte”. Todavia, Luís Santos é de opinião
contrária e considera que o que agora não se faz é só ler um
jornal porque nos informamos mais e em mais sítios. E finaliza
acautelando “que todos temos de fazer uma selecção e gerir o
tempo que temos da melhor forma que pudermos.” |