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A troca de culturas, novos
conhecimentos e um grande enriquecimento pessoal vieram na
bagagem que os intervenientes do “ESTA sem Fronteiras” trouxeram
com a experiência de ensino e convívio em outros países: Brasil,
Alemanha e Lituânia.
A tarde do terceiro dia do ’04
Encontro de Comunicação terminou, ontem, com uma conversa
informal, subordinada ao tema “ESTA sem Fronteiras”. Os quatro
oradores, Águeda Varela, Daniel Cruz, Rubina Jassat e Vera
Agostinho, perante uma pequena plateia de alunos, falaram das
vantagens e desvantagens da sua permanência no estrangeiro. Com
um brilho nos olhos e um grande entusiasmo, transmitiram um
pouco do que viveram através da exposição de algumas
fotografias, que ilustraram esses momentos.
Vera Agostinho, aluna do 4º ano de
Comunicação Social esteve, durante o passado mês de Agosto, na
Alemanha. O objectivo passava por enriquecer os seus
conhecimentos da língua germânica. Entre várias opções, Passau
foi a cidade escolhida pela aluna. Além das aulas, Vera
Agostinho teve a oportunidade de fazer viagens de estudo a
países fronteiriços, um programa incluído pela Universidade.
Já Daniel Cruz e Rubina Jassat
foram para o Brasil, mas para diferentes universidades. “Foi um
convívio brutal com a cultura brasileira” – esta é a expressão
usada por Daniel, finalista de Comunicação Social, para definir
a sua viagem. Na área de ensino afirmou que “estamos a anos-luz”
da FUMEC, universidade onde esteve, na cidade de Belo Horizonte,
do Estado de Minas Gerais. “A FUMEC tinha meios que nós aqui não
temos” – explicou. Daniel acrescentou ainda que a “escola
deveria estender o número de vagas” para a realização de
intercâmbios como o seu.
Rubina Jassat, recém-licenciada,
esteve na cidade de Santa Cruz do Sul, do Estado Rio Grande do
Sul. “
O choque não foi muito grande”,
porque a cidade apresenta
“mais ou menos” as mesmas características de Abrantes. Para além
das más condições meteorológicas iniciais, as dificuldades
centraram-se na desorganização do departamento de Comunicação da
UNISC – a universidade que frequentou. Em termos académicos não
teve a mesma sorte que Daniel. Foi sobretudo o contacto com a
diversidade cultural do Rio Grande do Sul o aspecto mais
importante da sua estadia.
Águeda Varela foi quem esteve
mais tempo fora de Portugal: fez o programa Erasmus durante seis
meses na Lituânia. Gostou da oportunidade e não se arrepende:
“Sempre quis viajar, sempre pensei que quando fosse para a
universidade queria fazer Erasmus”. A língua era estranha, mas o
inglês foi o seu instrumento de apoio. Entre as situações
caricatas que viveu, recordou o dia em que o autocarro onde
viajava para a escola parou no meio do caminho por ser muito
velho, algo que os lituanos encaram como normal.
A experiência foi agradável e
todos foram unânimes a aconselhar os alunos a ir além fronteiras
assim que tiverem a oportunidade. |