Nuno Costa
Santos, humorista das Produções Fictícias, em entrevista para a
ESTA, no âmbito do ´04 Encontro de Comunicação, afirma que “o
humor não é um género jornalístico, mas há jornalistas que
utilizam o humor”.
“Hoje em dia é
tão difícil fazer humor como antigamente”, afirma Nuno Costa
Santos. A realidade é bastante divertida e isto pode ser
complicado, se essa realidade for mais divertida do que o olhar
que o humorista lança sobre ela. Segundo Nuno Costa Santos o
Governo de Santana Lopes era um concorrente às piadas dos
humoristas.
“Torna-se
complicado escrever textos humorísticos para diferentes áreas e
para diferentes autores todos os dias”, não só porque fazer
humor é uma coisa séria, angustiante e que exerce uma pressão
constante, mas porque é gratificante e estimulante.
Para Nuno
Costa Santos em humor não há temas “tabu”, é importante que o
humor foque coisas sérias, dependendo depois da sensibilidade do
público. O humorista conta que tenta “sempre reagir quando
querem pôr limites ao humor”, pois para ele o mais importante é
o sítio onde se está a dizer e a ocasião.
As pessoas já
perceberam que o humor é uma coisa séria e ao mesmo tempo não
deve ser levado a sério. Para o representante das Produções
Fictícias, as pessoas estão a ficar habituadas e mais receptivas
ao humor, “estão a ter maturidade democrática, pois os
portugueses têm visto o humor como uma forma de terapia para os
seus males e preocupações”.
“Acredito que o humor não é um género jornalístico, mas há
jornalistas que utilizam o humor. É bom que o jornalismo tenha
humor”. |