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CM Abrantes
 

“Chega-se a pisar o risco”


Com a presença de Mário Fernando, Coordenador do Desporto na TSF, e de António Magalhães, Director-Adjunto do jornal Record, foi discutido “O Poder do Jornalismo Desportivo na construção da Imagem dos clubes e atletas”, no âmbito do '06Encontro de Comunicação.


António Magalhães relembrou que “antigamente a ligação entre atletas e o público era feita através dos jornais. Hoje, os clubes e atletas têm um espaço mediático bastante grande, com vários meios ao seu dispor para cuidar e construir a sua imagem. Além disso, têm preocupações sociais que anteriormente não tinham”. Para este, hoje, e cada vez mais, as áreas distintas que são o desporto e a publicidade cruzam-se. Ainda, na opinião de António Magalhães, “os jornais têm o poder de construir ou destruir a imagem de um atleta, mas raramente o fazem. Quando o fazem, é de forma positiva, realçando os seus bons resultados ou feitos desportivos e sociais”.


Mário Fernandes focou o seu discurso na proximidade e diferenças que existem entre os três grandes órgãos de comunicação na imprensa desportiva (Record, O Jogo e A Bola), assim como na rádio (Antena 1, Rádio Renascença e TSF). Realçou essas três abordagens distintas, cada uma no seu meio, mais virada para o seu público, tendo em conta os seus segmentos. Afirmou ser fácil, de forma geral, falar de todos os outros clubes, exceptuando os ditos três grandes. Os grandes alvos dos órgãos de comunicação são também o Futebol Clube do Porto, o Benfica e o Sporting, assim como a selecção A e os sub-21, não podendo existir uma abordagem igual para com os outros clubes. Relembrou existir um círculo fechado em termos comunicacionais entre os clubes e os meios de comunicação social, competindo aos media descobrir outras abordagens.


Em processo de aprendizagem, na opinião de António Magalhães, não só estão os jornais desportivos, como também o público, na sua relação com as outras modalidades. Faltando ainda coragem para se fazerem capas de jornais com outra modalidade que não o futebol. “Quando joga a selecção, a imprensa desportiva funciona com muita paixão, algo que nos provoca reacção. Tentamos tornar as coisas apelativas e por vezes chega-se a pisar o risco, especialmente quando se cria a identidade do “Somos Nós”, no apelo à paixão”, continuou para concluir: “Necessita-se de mais criatividade, pois é um drama para os jornais desportivos como se aborda o jogo, tendo em conta todos os outros meios informativos que já o fizeram”.

 

Miguel Geraldes

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