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Futuro do jornalismo debatido em Abrantes

A forma como se faz jornalismo está em constante mudança e tem que saber integrar-se com as novas tecnologias para garantir o seu futuro. Foi esta a principal constatação que resultou do debate “Os desafios do jornalismo na nova era da comunicação”. O debate teve como convidados Paulo Martins, editor do Jornal de Notícias, e Paulo Rego, Director-Adjunto da Lusa. Em discussão esteve o futuro do jornalismo e a forma como este tem que se adaptar à era digital, assim como qual será o destino com que a impressa escrita se irá deparar.

No que se refere aos jornais de papel, Paulo Martins salientou a necessidade de existirem “mudanças nas ofertas informativas” dos mesmos, avisando que quanto maior for a aposta no online mais frágil ficará a imprensa escrita. Dentro deste âmbito de mudança deu o exemplo do Jornal de Notícias, “um jornal híbrido”, que se tenta enquadrar tanto no jornalismo de vertente popular como no de referência. Contudo, confessa que “ainda é cedo para avaliar os efeitos da mudança” no Jornal de Notícias, constatação que vai ao encontro da sua opinião inicial, de que ainda não há resposta para o futuro da imprensa escrita.

Paulo Rego, por sua vez, afiança que “os jornais não vão acabar, vão é adoptar outras formas de distribuição”. Para o director-adjunto da Lusa, “há que saber explorar as novas tecnologias” e as suas potencialidades, podendo estas mudar a forma como se faz jornalismo e se comunica. Sendo que neste aspecto “terá sucesso quem for competente” na forma de se adaptar às novas tecnologias. Dando como exemplo a Lusa, defendeu que as empresas que são “digitais e globais têm maior oportunidades de negócio e de sucesso. Paulo Rego afirmou, ainda, que o futuro do jornalismo irá residir no digital e não no papel impresso.

No que toca à formação dos jornalistas, Paulo Martins respondeu que as universidades nunca terão capacidade para acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade e na própria actividade, dado que elas sucedem-se de forma cada vez mais acelerada. Desta forma, acabou por destacar que o fundamental para os jornalistas é estes actualizarem constantemente as suas competências. Uma ideia que também é partilhada por Paulo Rego, acrescentando que é importante os jornalistas adquirirem novos conhecimentos que envolvam também o marketing, a publicidade e o jornalismo online.

Uma das reflexões que acabou por sobressair do debate é sintetizada pelas palavras do director-adjunto da Lusa, quando mencionou que tudo mudou na comunicação, sendo que o jornalista deixou de ser um intermediário entre a fonte e o público. Isto implica que a actividade jornalística tenha que ser “cada vez mais rigorosa e exigente, senão deixa de ser uma mais-valia”. 

 

João Lobato

Tiago Godinho

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