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CM Abrantes
 

“O SERVIÇO PÚBLICO DEVE TER UMA ESTRATÉGIA”

“O caminho da RTPN está bem definido, o canal está a evoluir num trilho mais específico, rumo à informação”. Foi deste modo que o director da estação, José Alberto Lemos caracterizou, no decorrer do grande painel de abertura do ’06 Encontro da Comunicação, o canal da televisão por cabo como um caso de sucesso assente numa estratégia de mudança. De acordo com José Alberto Lemos, a “RTPN não nasceu do nada, mas sim de um canal regional” (a extinta NTV). No entanto, “nem sempre as heranças são as melhores” e, como frisa, “era necessária uma nova estratégia: utilizar as caras conhecidas da RTP e encaminhar para a televisão por cabo o espírito do serviço público”. O director realçou, também, que “o serviço público deve ter uma estratégia e uma presença efectiva na televisão por cabo”.

A RTPN é, actualmente, “alimentada, com 70% das notícias, pela redacção da RTP”. O que, segundo o director do canal, representa uma das mais valias da estação por cabo. José Lemos é peremptório ao afirmar que é “importante envolver a redacção da RTP com os jornalistas da RTPN”, para desta forma oferecer aos telespectadores uma maior proximidade com o canal, tendo em vista uma maior dinâmica do mesmo.

O director da RTPN afirmou que o canal televisivo “funciona como um laboratório da casa mãe, que é a RTP”, pois muitos dos programas produzidos para serem transmitidos na televisão por cabo já se encontram na grelha de programação de canais, como a RTP Internacional e a Dois.

Quando questionado sobre a viabilidade das televisões regionais, José Alberto Lemos explica que o fracasso se deve ao facto do “nosso país” ser “uma só região, o que representa um problema, pois o mercado torna-se exíguo”.

No final da sessão, José Lemos referiu-se ao futuro dos profissionais da Comunicação Social como “cinzento”, concluindo que “o sector está em profunda recessão, pois a mutação tecnológica não parece ter consistência para a abertura do mercado a novas oportunidades”.

 

Marisa Silva

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